Uma série de estudos publicada no periódico Lancet, que é uma revista científica de medicina publicada no Reino Unido, chama a atenção para um assunto tabu: o suicídio. Segundo um dos artigos, essa é a primeira causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos na Inglaterra, e a segunda causa de morte entre adolescentes em Portugal.  Entre os homens, o suicídio ocupa o terceiro lugar, depois de acidentes de trânsito e da violência. No Brasil, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens, ficando atrás de acidentes e homicídios. As taxas sempre foram maiores na terceira idade. Hoje a gente observa que, entre os jovens, elas sobem assustadoramente. Entre os jovens, a taxa multiplicou-se por dez de 1980 a 2000: de 0,4 para 4 a cada 100 mil pessoas.

 

Por que os números crescem entre os adolescentes é uma pergunta que todos nós fazemos.  Os adolescentes evitam procurar ajuda por temer o estigma e que rumores sobre seus pensamentos suicidas se espalhem pela escola. Há outra mudança no perfil dos que cometem suicídio. O risco, que sempre foi maior entre homens, tem aumentado entre as meninas, isso se deve a gestações precoces e não desejadas, prostituição e abuso de drogas.

 

O problema, porém, é negligenciado, como mostram dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). A entidade afirma que os casos de suicídio aumentaram 60% nos últimos 45 anos e que um milhão de pessoas no mundo morrem dessa forma por ano. No Brasil, estima-se que ocorram 40 suicídios por dia. O número de tentativas é até 20 vezes maior que o de mortes.

Segundo a OMS, pouco tem sido feito em termos de prevenção. Os pesquisadores, da Universidade de Oxford e da Universidade Stirling, na Escócia, dizem que mais pesquisas são necessárias para compreender os fatores de risco e melhorar a prevenção. Uma estratégia é limitar o acesso a meios que facilitem o suicídio, como armas, remédios, etc….

É preciso deixar claro ainda que as pessoas costumam dar sinais antes de uma tentativa. Acredita-se que perguntar se a pessoa tem pensamentos suicidas vai estimulá-la, mas isso pode levá-la a procurar ajuda. É importante perguntar diretamente para pessoa. “Você está pensando em tirar sua vida”? A pergunta deve ser feita sempre com carinho, compaixão e com o interesse verdadeiro de ajudar a pessoa a procurar ajuda

 

A psiquiatra da infância e da adolescência Jackeline Giusti, do Hospital das Clínicas da USP, afirma que é importante prestar atenção a sinais de automutilação nos adolescentes, porque a prática aumenta o risco de suicídio.

 

“Pais, professores, clínicos e pediatras têm que ficar atentos a essa possibilidade e investigar. É um sinal de que algo não está legal e merece cuidados. Em geral os adolescentes que se mutilam são deprimidos, têm ansiedade e têm uma dificuldade enorme para dizer o que estão sentindo ou para pedir ajuda.”, afirma ela.

 

É preciso atacar as causas e reconhecer que esta cultura permissiva em que vivemos tem grande contribuição neste cenário triste. Filmes, novelas, séries, músicas, campanhas publicitárias (como as do carnaval no Brasil) incentivam o sexo sem compromisso e o comportamento irresponsável, libertino. As pessoas, e sobretudo os adolescentes são incentivadas pelos modelos da mídia e por grupos igualmente influenciados por esses padrões, se consideram livres para viver como bem entendem (ainda que seja como objetos sexuais) e depois nem sabem por que se sentem tão mal. Além, claro, dos jogos da internet, como a Baleia Azul, por exemplo. Mas a grande imprensa se preocupa com isso? Ou está mais preocupada com os números de sua audiência que se convertem em milhões de reais na conta de seus donos?

 

COMO PREVENIR O SUICÍDIO E A AUTOAGRESSÃO

Estudiosos sobre suicídio e autoagressão entre adolescentes apontam algumas medidas preventivas. A seguir, estão algumas delas:

Os pais buscarem estar mais próximos afetiva e efetivamente mais presentes na vida dos filhos (dedicar mais tempo a eles).

Programas de treinamentos em habilidades e bem-estar psicológico em escolas;

Restrição do acesso aos meios utilizados para autoagressão e suicídio

Incentivo ao comportamento de buscar ajuda

Redução do estigma associada a problemas de saúde mental e emocional e a busca de ajuda

Intervenções psicossociais para adolescentes em risco de autoagressão ou suicídio (como adolescentes deprimidos, crianças abusadas, crianças que fugiram de casa etc…

Talvez você não se sinta capaz de ajudar alguém que está em risco de tirar a própria vida. Talvez tenha até mesmo muita dificuldade de identificar e perceber que um adolescente está nesta situação; mas você pode não julgar, não recriminar, você pode ser uma pessoa que não estigmatiza, nem exclui as pessoas com problemas de ordem psicológica ou mental,

Assim como busca por auxílio profissional para tratar estes problemas e dificuldades. Além disso, está disponível para ouvir o outro sem preconceitos ou julgamentos precipitados, sendo uma pessoa que irradia confiança para ela ou para ele.

Pra terminar a melhor dica para ajudar adolescentes em comportamento auto agressivo e em comportamento suicida é esta:

NO SEU RELACIONAMENTO COM ELES OU COM ELAS, PAREÇA-SE MAIS COM JESUS, sendo manso e humilde de coração!