Desde 2017 quando lancei pelas Edições Loyola o meu primeiro livro: “ E foram deixados para trás – uma reflexão sobre o fenômeno do Suicídio, e dando palestras pelo Brasil, sobre prevenção e posvenção ao suicídio, venho trabalhando diariamente com pessoas de várias idades que sofrem com alguma dor emocional (depressão, automutilação, bipolaridade, tentantes de suicídio, familiares que perderam entes queridos por suicido etc.) e é significativo o número de pessoas que se fecham em sua dor e tem muita dificuldade de pedir ajuda, com medo de incomodar, de dar trabalho, de serem julgados e tentam vencer suas dores e problemas sozinhos.
A única coisa que você consegue se isolando e escondendo seus problemas é garantir que ninguém o ajude.
Quando estamos sozinhos, alguns problemas às vezes parecem insolúveis. Precisamos compartilhar nossos problemas e nossas dores com os outros, seja com aqueles de quem gostamos e em quem confiamos, seja com pessoas que enfrentaram ou enfrentam problemas semelhantes. Ao falar e ouvir o que os outros tem a dizer, as questões ficam mais claras e assumem sua verdadeira dimensão. O fato de sabermos que a pessoa com quem falamos – pode ser um grupo também – já viveu e superou uma dor ou problema semelhante pode criar em nós ânimo e força para enfrentar aquele momento. Pode ser que a solução encontrada pelo outro não nos sirva, mas certamente teremos mais facilidade e discernimento para encontrar a nossa.
Nos Estados Unidos um grupo de homens com baixa autoestima e baixo nível de satisfação na vida foi submetido a uma experiência. Alguns foram apresentados a outras pessoas que viviam problemas semelhantes aos seus e outras foram deixadas sozinhas às voltas com suas dores e preocupações. Aqueles que interagiram com outras pessoas tiveram, com o tempo, suas preocupações reduzidas em cinquenta e cinco por cento, enquanto aqueles que foram deixados sozinhos não apresentaram nenhuma melhora.
Em várias pesquisas semelhantes se chegou ao mesmo resultado.
Acredito muito nisso: Ninguém precisa sofrer sozinho, busque ajuda. SEMPRE HAVERÁ ALGUÉM QUE TE AMA E QUE ESTARÁ DISPOSTO A TE AJUDAR.
Uma dor emocional é como uma dor física: em alguns casos, ela pode passar por si mesma, mas na maioria das vezes precisa ser tratada com métodos mais adequados para não se tornar um problema maior.
A melhor maneira de lidar com um problema ou com uma ferida emocional é procurando alguém, amigo (a), familiar ou um profissional de saúde mental, psicólogo, psiquiatra ou um grupo que entenda como descobrir as causas do problema e a melhor maneira de lidar com elas.